Celulose bacteriana, em fase de protótipos para o mercado de embalagens


O IATI – Instituto Avançado de Tecnologia e Inovação, referência nacional em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I), apresenta protótipos de embalagens ecologicamente sustentáveis, feitas a partir de celulose bacteriana, uma alternativa à celulose, um biopolímero comumente produzido por plantas. Esse polímero ecológico extremamente versátil pode ser produzido em meios de cultura de baixo custo, incluindo resíduos agroindustriais.

Diferentemente da vegetal, a celulose bacteriana possui dimensões nanométricas, conferindo-lhe propriedades mecânicas superiores, como maior resistência à tração, flexibilidade, pureza, cristalinidade e capacidade de retenção de água.

Com sede no Recife e aproximadamente 150 pesquisadores atuando em várias frentes, o IATI é uma referência nacional em projetos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I), colaborando com a academia, outros centros de pesquisa e a indústria. O instituto está expandindo suas pesquisas para o setor de embalagens, reconhecendo o potencial da celulose bacteriana como um biopolímero ecologicamente correto.

“Nossas pesquisas demonstram que é possível fabricar embalagens de alta qualidade com celulose bacteriana, atendendo às necessidades de diversos setores industriais”, afirma Italo Durval, biólogo, doutor em biotecnologia industrial e pesquisador associado ao IATI.

O Instituto vem desenvolvendo protótipos que vão desde sacolas até embalagens de sabonetes e caixas de refrigerantes e cervejas. A celulose bacteriana pode ser produzida a partir de diferentes fontes de biomassa, como bagaço, palha e resíduos agrícolas, e pode ser processada em diferentes formas para diferentes aplicações, como revestimentos, embalagens, materiais têxteis e biomateriais. “A celulose bacteriana é uma solução de vanguarda para os desafios ambientais urgentes”, diz Guilherme Cardim, diretor-presidente do IATI.

O IATI- O Instituto Avançado de Tecnologia e Inovação (IATI), no Recife, conta atualmente com 150 pesquisadores que realizam projetos de pesquisa e desenvolvimento para Energias Renováveis, Biotecnologia, Smart Cities, Mobilidade Elétrica, Armazenamento de Energia, Tecnologia da Informação e Hidrogênio Verde. A instituição movimenta cerca de R$110 milhões com mais de 40 projetos embarcados. Atuando em parceria com a academia, outros centros de pesquisa e com a indústria, a instituição privada sem fins lucrativos, atua com o objetivo de desenvolver soluções que possam promover mudanças para pessoas e empresas.

(Fonte: Embanews, 18 de julho de 2023)