Indústria farmacêutica brasileira deve crescer 30% até 2027


Segundo a consultoria Redirection International, a indústria farmacêutica deve viver quatro anos intensos e positivos até o fim de 2027. As previsões da empresa especializada em assessoria em casos de fusão e aquisição apontam um avanço de até 30% para o setor. Quebrando esse crescimento anualmente, a média ficaria em 8% ao ano.

“O Brasil está entre os dez maiores mercados farmacêuticos do mundo e quase 7% do consumo de bens pelas famílias brasileiras é composto de produtos farmacêuticos”, explica o sócio da companhia e economista, Gabriel Cardoso.

Indústria farmacêutica brasileira cresce acima da média mundial

Cardoso vai ainda mais longe, e afirma que o setor farmacêutico no Brasil tem potencial de crescer acima da taxa prevista para o mundo todo. “O setor apresenta um grande potencial para crescer até 10% ao ano”, garante. Para estimar tal crescimento, a Redirection usou o montante movimentado em 2023 (cerca de R$ 190 bilhões entre varejo e não varejo) e as perspectivas macroeconômicas do país.

O que impulsionará o setor?

Para Cardoso, alguns fatores terão protagonismo quando o assunto são os principais motivos para o avanço da indústria farmacêutica no período.

Os principais seriam o e-commerce­, a reestruturação do Farmácia Popular e também um maior número de políticas públicas incentivando a produção nacional de medicamentos. Fora esses motores, o economista também indica outros dois. “Não podemos esquecer do envelhecimento da população e também dos avanços na tecnologia e no acesso à saúde digital”, afirma.

As farmacêuticas mais valiosas

Se o mercado ainda tem muito a crescer, já tem quem esteja colhendo os frutos hoje em dia. O Yahoo Finance e a The Business Research Company listaram as 30 farmacêuticas mais valiosas em 2024. O mercado global de medicamentos atingiu um valor de US$ 1,19 trilhão em 2023 e espera-se que ele cresça a uma taxa composta de crescimento anual (CAGR) de 13,4% até 2028, superando a marca de US$ 2,09 trilhões.

Na primeira posição está a Eli Lilly, que registrou em 8 de fevereiro uma capitalização de mercado de US$ 698,37 bilhões com o lançamento dos medicamentos para diabetes e obesidade Mounjaro e Zepbound.

(Fonte: Panorama Farmacêutico, 20 de fevereiro de 2024)