Não medicamentos superam R$ 40 bilhões de receita


Os não medicamentos superaram pela primeira vez a barreira de R$ 40 bilhões em faturamento nas farmácias. Os dados correspondem ao período de julho de 2022 a junho deste ano, apontando um incremento de 13,93% em relação ao mesmo intervalo anterior.

E quem mais contribui para essa performance são as fabricantes multinacionais, com quatro representantes entre as top 20 e todas com vendas acima de R$ 2 bilhões.

Na primeira colocação, a L’Oréal contabilizou R$ 2,9 bilhões em vendas de não medicamentos, um crescimento de 11,45% em relação ao mesmo período do ano anterior. Em 2022, a companhia registrou um avanço de 18,5% nas vendas, o equivalente a 38,26 bilhões de euros. Grande parte do impulso veio justamente do mercado latino-americano, com especial destaque para México e Brasil. A região apresentou forte crescimento, com aumento de 34,1%. O Brasil é um grande motor da aceleração da divisão de consumo no mundo.

Apresentando um crescimento de 30,06%, a Nestlé ocupa a segunda posição, com R$ 2,7 bilhões em vendas. Este ano, a Nutren, marca líder da empresa no mercado de suplementos em pó, ganhou corpo com o lançamento de seis vitaminas e minerais em cápsulas, o que marcou a estreia da Nestlé em um segmento que movimenta R$ 11 bilhões no Brasil, segundo dados da lobalpraxis.

Fechando o top 3 figura a P&G, que registrou R$ 2,5 bilhões em vendas de não medicamentos, um crescimento de 22,94%. Em junho, a companhia deu início às operações de sua nova fábrica no Rio de Janeiro, em um investimento de R$ 600 milhões. Trata-se do maior aporte da P&G no Brasil nos últimos cinco anos, que tem como objetivo respaldar a ampliação do mix. Nos últimos 12 meses até maio, a empresa teve incremento acima de 10% nas vendas em todas as categorias. Para especialistas, a pandemia deu vazão ao papel das farmácias como importantes pontos de conveniência e bem-estar para os consumidores. “E as marcas que encabeçam o ranking priorizaram as negociações com o varejo farmacêutico nesse período, justamente para expandir canais e suprir a demanda do setor por maior diversidade no portfólio”, ressalta Paulo Paiva, VP da consultoria.

(Fonte: Panorama Farmacêutico, 29 de julho de 2023)