Estudantes desenvolvem embalagem reutilizável para delivery


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Segundo estudo da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (ABRASEL), sistemas de delivery movimentam cerca de R$ 11 bilhões ao ano. São milhares de entregas feitas por dia em todo o Brasil, de todos os tipos de restaurante. E apesar do conforto que isso gera, há um fator preocupante: a quantidade de embalagens que são descartadas incorretamente diariamente.

Vendo isso, estudantes da Empresa Júnior da Escola Politécnica (POLI) da Universidade de São Paulo (USP), com a startup Re.pote, desenvolveram dentro dos laboratórios da instituição uma solução. São potes reutilizáveis que podem ser usados pelos clientes, ou então devolvidos aos restaurantes mediante a bonificação de desconto.

O grande diferencial, além da possibilidade de reuso, está no material. O pote é feito de PET-PCR, que é um plástico reciclado, como o das garrafas de refrigerante. Por dentro, ele é revestido com uma camada fina de PET virgem para que a comida não tenha contato com o plástico reprocessado. No final, tudo isso pode ir ao micro-ondas.

Preço ainda é barreira

A única coisa que entra como entrave é o custo: com esse plástico mais resistente, o valor da embalagem se torna mais caro. No entanto, pesquisas conduzidas pela própria Empresa Júnior da USP, junto de restaurantes veganos, vegetarianos e saudáveis da região de Pinheiros, mostraram que isso não é um grande problema para o delivery e para clientes.

“ Os donos de restaurantes se mostraram preocupados com a questão da sustentabilidade e disseram que pagariam um pouco mais pela embalagem”, afirma Lívia Leite de Almeida, Diretora de Gestão de Pessoas da empresa. “E o cliente, enquanto isso, poderia optar por uma embalagem comum ou pela reutilizável na hora da compra, mediante uma pequena taxa. Pesquisas da Re.pote indicaram aprovação”, finaliza.

O grande desafio para a Re.pote é encontrar investimento para fazer a injeção de plástico no molde produzido pela Empresa Júnior e, assim, levar a embalagem para restaurantes interessados. Por enquanto, a ideia é fazer um teste de mercado com apenas uma das três embalagens desenvolvidas – tem para lanche, refeição e o específico de poke.

“Fizemos o projeto todo em três pessoas, indo desde o desenvolvimento do produto, passando pela formulação do material e até as pesquisas que conduzimos com restaurantes saudáveis de Pinheiros”, conta Lívia.

(Fonte: Yahoo, 28 de janeiro de 2020)

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  • Carlos Di Rienzo

    17/02/2020

    As embalagens seriam produzidas pelo processo de injeção como as mostradas na foto ou termoformadas como as atuais no mercado? Se for por injeção, havendo a camada de resina virgem deverá ser pelo processo de co-injeção. Se termoformadas, a chapa também terá que ser produzida em uma co-extusora. Ambas mais bem mais complexas e caras que os processos atuais. Como seria o processo de selagem para garantia e segurança do produto embalado? Se lavadas para reuso, a camada virgem perde sua principal característica, a de estar em contato com alimento pela primeira vez. Lavar para devolver ao restaurante (que não vai reutilizar) me parece que é tudo o cliente não quer. De qualquer forma, tanto para reuso quanto para reciclagem, o que as diferem das atuais? O grande problema continua sendo o descarte e logística para reciclagem…e não vejo o que seria diferente com esse projeto.

    • Isabella Salibe

      19/02/2020

      Olá Carlos, agradecemos o seu comentário, mas infelizmente não temos as respostas para lhe dar. Essa foi uma notícia captada na mídia, a fonte é o Yahoo. Nossa sugestão é que você entre em contato com a empresa Júnior da Poli ou com a startup parceira deles, a Re.pote (https://www.repote.com.br/). No LinkedIn você encontra o perfil da Lívia Leite de Almeida, diretora de Gestão de Pessoas na Poli Júnior, citada na matéria.