Consumo aparente de cartão cresceu no 1º semestre


No primeiro semestre de 2021, a indústria brasileira aumentou em 11% sua produção de papelcartão e reduziu em 28% as exportações para atender o aumento da demanda interna, que contou ainda com reforço de 12% nas importações. O resultado desta equação é o crescimento de 27,5% no consumo aparente de papelcartão, que saltou de 276 mil toneladas apuradas nos seis primeiros meses de 2020 para 352 mil toneladas em igual período deste ano. Se comparado com as 280 mil toneladas de consumo aparente do primeiro semestre de 2019, houve aumento de 25,7%. Os dados são da Indústria Brasileira de Árvores (IBÁ) e elaborados pela ANDIPA – Associação Nacional dos Distribuidores de Papel.

Conforme a publicação da entidade que reúne os produtores de celulose, papel, painéis e pisos de madeira e florestas no país, o cálculo do consumo aparente considera a soma dos volumes produzidos e importados, descontando o total exportado. A produção dos papéis classificados como cartão totalizou 396 mil toneladas nos seis primeiros meses deste ano, 40 mil toneladas a mais do que as 356 mil toneladas geradas em 2020, que já tinham superado as 352 mil toneladas dos seis primeiros meses de 2019.

Do total produzido neste ano, a fatia entregue diretamente ao mercado doméstico teve maior percentual de crescimento, 30% na comparação com um ano antes. Foram 314 mil toneladas no primeiro semestre de 2021, contra as 242 mil toneladas ofertadas no primeiro semestre de 2020. Direcionando sua atenção para o consumo interno, os fabricantes diminuíram em 28% os volumes disponíveis à exportação no período analisado. De acordo com os dados, entre janeiro e junho de 2021 foram exportadas 82 mil toneladas de cartão, contra 114 mil toneladas embarcadas no primeiro período do ano passado.

O abastecimento do mercado brasileiro contou também com crescimento na importação de cartão, de 11,8% em relação aos seis primeiros meses do ano anterior. O volume de cartão estrangeiro no primeiro semestre saltou de 24 mil toneladas em 2019 para 34 mil toneladas em 2020, um aumento de 41,7% e novamente para 38 mil toneladas em 2021 (alta de 11,8%). Dessa forma, a participação do fornecedor internacional que, em 2019, era de 9% do consumo aparente, saltou para 12% no ano passado e ficou em 11% neste ano.

(Fonte: Embanews, 22 de setembro de 2021)