Como as embalagens contribuem com a sustentabilidade e a segurança alimentar em tempos de crise?


Este tempo em que as empresas estão buscando soluções que combinem economia com segurança tem feito com que muitas indústrias repensem ainda mais seus processos de produção, a fim de evitar quaisquer contaminações e garantir produtividade. Na indústria de alimentos, por exemplo, e mais especificamente na indústria de proteína, a embalagem exerce papel fundamental tanto na garantia de segurança alimentar como na sustentabilidade de toda a cadeia produtiva.

O primeiro fator que demonstra essa relevância consiste no manuseio que, normalmente, ocorre nos pontos de vendas ou varejo e que pode ser um grande fator de risco de contaminação do produto. Em uma cadeia de produção de carnes sem embalagens, a proteína passará por diversos pontos de contato, desde os primeiros cortes no frigorífico até o transporte em câmaras e sua distribuição nos açougues ou supermercados. Já se avaliarmos uma cadeia de produção com embalagem, a proteína é porcionada no frigorífico em ambiente controlado e embalada a vácuo, preservando o alimento e evitando que ao longo de todo o processo logístico não haja mais manuseio direto com o alimento em si.

O sistema de embalagem a vácuo revela um outro valor muito importante para o momento de crise que estamos vivendo: a questão da conservação da qualidade e vida útil do alimento por maior tempo. Com a recomendação de isolamento social, os hábitos de consumo estão mudando e as famílias tendem a estocar alimentos para evitar o retorno frequente a lojas e supermercados. Sendo assim, cresce a procura por produtos que ofereçam validade por um tempo maior. Sabe-se, por exemplo, que uma peça de carne manuseada e refrigerada em açougue de um supermercado dura aproximadamente três dias, enquanto uma mesma peça que já chega embalada a vácuo no varejo proporciona uma vida útil de até 60 dias nas gôndolas, mantendo a qualidade da proteína. Isso porque a embalagem a vácuo oferece uma alta barreira que permite a maturação, mantém os sabores e evita a oxidação das gorduras e vitaminas.

Somada à redução de pontos de manuseio e ao aumento de vida útil do produto com qualidade, pode-se ressaltar ainda a importância da comunicação contida nas embalagens. Fator que orienta os consumidores de forma transparente sobre a procedência do alimento, sobre seu fabricante e cria a possibilidade de rastrear o produto. Uma tecnologia de rastreabilidade em uma embalagem, por exemplo, pode informar para o consumidor de forma clara por quais etapas aquela proteína passou durante o seu processamento, processo por processo. Em um futuro próximo, a partir da automação dos frigoríficos e disponibilização de aplicativos, toda essa informação poderá ser disponibilizada para todos os envolvidos na cadeia produtiva, inclusive para o cliente final.

Se o papel da indústria de embalagens é o de desenvolver sempre as melhores e mais inovadoras soluções para o mercado, agora no cenário em que vivemos, garantir o aumento da vida útil dos alimentos com segurança é fundamental para que toda a cadeira evite perdas nos processos. Sabemos que em tempos de crise, cada centavo conta. Por isso, buscar soluções de proteção que garantam eficiência operacional de maneira segura poderá trazer mais economia e sustentabilidade para o processo, com benefícios para o consumidor e para toda a cadeia.

(Fonte: Carnetec, 11 de junho de 2020)

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