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Brasil concentra 42% do consumo de medicamentos na América Latina


Nada abala a liderança do Brasil no consumo de medicamentos na América Latina, segundo o mais novo relatório global da IQVIA, referente a 2020. O país concentra 42% desse mercado, está US$ 10 bilhões à frente do México e ampliou a diferença em relação à terceira colocada Colômbia.

O mercado farmacêutico brasileiro movimentou US$ 19,5 bilhões (R$ 103 bi) no ano passado, contra US$ 17,5 bi de 2019. O crescimento de 11,3% está em linha com a alta de 12,3% registrada em toda a região. Apesar dos impactos negativos da pandemia para carros-chefes do setor, como antibióticos e antigripais, as áreas terapêuticas de cardiometabolismo, diabetes e sistema nervoso central obtiveram um avanço médio de 20% a 30%. No caso dos suplementos vitamínicos, o incremento chegou a 40%.

O país tem um faturamento superior ao da soma dos três outros players mais relevantes – México (US$ 9,5 bilhões), Colômbia (US$ 4,3 bi) e Argentina (US$ 4,2 bi). Esse último, em particular, apresentou a maior evolução percentual no ano – 48,4%. As medidas de distanciamento social provocadas pela Covid-19 favoreceram as farmácias independentes, majoritárias no mercado argentino, um dos menos concentrados do continente.

Para Nelson Mussolini, Presidente Executivo do SINDUSFARMA uma conjuntura de fatores explica a folgada liderança do Brasil, a começar pelo número de habitantes e pela população idosa maior na comparação com os demais países. “Além disso, temos um sistema público cuja acessibilidade não encontra precedentes em outros mercados do continente, além de funcionar como uma alavanca para a rede privada e para o consumo de medicamentos”, argumenta.

O dirigente destaca o fato de 40 milhões de pessoas integrarem a cobertura do segmento de saúde suplementar. “Mesmo com a queda registrada nos últimos anos, é um contingente que se aproxima da população de toda a Argentina, por exemplo”, completa.

Consumo de medicamentos em franca ascensão

A América Latina registrou US$ 45,8 bilhões (R$ 247 bi) de receita com medicamentos. Foi o maior crescimento percentual em cinco anos. Mas desde 2016, os números avançam dois dígitos.

(Fonte: Panorama Farmacêutico, 01 de maio de 2021)

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