Vendas nas farmácias contabilizam R$ 159,8 bilhões
11/08/2025
Dados dos últimos 12 meses até junho apontam crescimento de dois dígitos

As vendas em farmácias contabilizaram R$ 159,8 bilhões em valores nos últimos 12 meses até junho de 2025. O crescimento em relação ao mesmo período foi de 11,1%, um ponto percentual superior à alta registrada no intervalo entre julho de 2023 e junho do ano passado. Os dados são da Close-Up International.
O resultado foi obtido por meio da comercialização de 4,8 bilhões de unidades, volume que correspondeu a um avanço de 4,8% sobre os 12 meses anteriores. “No entanto, o setor ainda demonstra uma forte dependência de medicamentos de prescrição, que respondem por mais de 53% do faturamento”, pondera Ivan Engel, diretor de serviços e insights ao varejo da consultoria.
Já os não medicamentos representam 31,7% da receita e 39,5% do volume. Os MIPs responderam por 14,6% do faturamento e 18,5% das unidades. “Melhores condições de crédito a juros baixos e prazos mais longos, menor endividamento das famílias, mais vagas no mercado de trabalho e aumento dos rendimentos previdenciários colaboraram para essa alta. O consumo, em geral, cresceu 5%’’, reforça a economista Alessandra Ribeiro, sócia da Tendências Consultoria.
Todos os tipos de produtos apresentaram crescimento positivo em valores, com destaque para os itens de marca, que lideraram com alta de 32,9%. Os não medicamentos se destacaram novamente, representando 39,5% das unidades vendidas, com avanço de 4,2% no período.
Vendas em farmácias têm domínio de grandes redes e do associativismo
As vendas em farmácias por subcanais confirmam o domínio das grandes redes, responsáveis por 50,2% do faturamento e 43,6% do volume comercializado. “Mas são as farmácias associativistas que mais ganham participação, com evolução de quase três pontos percentuais em market share nos últimos cinco anos”, acrescenta Engel.
Lançamentos impulsionam crescimento do varejo
Os lançamentos foram o principal fator de crescimento do varejo farmacêutico, contribuindo com 4,5%. Em seguida, vierem o volume (3,4%) e o preço (3,1%). Já o mix de produtos teve impacto marginal, de apenas em 0,1%.
Os lançamentos também foram os principais impulsionadores do crescimento dos segmentos de medicamentos de prescrição (5,9%) e não medicamentos (3,7%). “Já no caso dos MIPs, o avanço foi puxado principalmente pelo aumento de preços”, informa Engel.
A participação dos segmentos no faturamento total é a seguinte: medicamentos com prescrição (MPX) com 53,7%, não medicamentos com 31,7%, e MIPs com 14,6%.
(Fonte: Panorama Farmacêutico, 07 de agosto de 2025)