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Marca própria no varejo já movimenta R$ 6,3 bilhões


Estudo revela que 58% dos brasileiros pretendem comprar mais produtos do gênero e farmácias ganham relevância como canais de compra

Os produtos de marca própria no varejo já acumulam faturamento de R$ 6,3 bilhões em 2025, considerando dados até a metade de agosto. O valor representa um crescimento médio de 9,2% e abrange o canal alimentar e as farmácias. O canal farma, inclusive, registrou a terceira maior alta (15,5%), atrás apenas do atacarejo (23,6%) e dos supermercados regionais (20,1%).

As informações são do estudo da NielsenIQ, apresentado durante a terceira edição do PL Connection, ocorrido no fim de agosto em São Paulo (SP) e que reuniu mais de 100 empresas especializadas em soluções, tendências e inovações para o setor.

De acordo com o levantamento, as marcas próprias já representam 27,4% das vendas nas farmácias, contra 16,5% no atacarejo e 56,1% no canal alimentar. As regiões Sul e Sudeste destacam-se na análise geográfica.

América Latina avança em marca própria no varejo

Em 2024, a marca própria no varejo alcançou 22,8% de representatividade global nas vendas, com destaque para a Europa (36,9%), seguida pela América do Norte (18,2%), África e Oriente Médio (11%) e América Latina (3,3%).

Mas apesar de estar na lanterna, a América Latina demonstra fôlego para crescer e foi a segunda região com maior acréscimo nas vendas em valor em 2024, com alta de 11,5%, atrás apenas de África e Oriente Médio (31,2%). O crescimento global no mesmo período foi de 3,7%. “Os dados mostram como o consumidor brasileiro já reconhece o valor e a evolução desse mercado nos últimos anos”, entende Jonathas Rosa, diretor de Customer Success para Varejo da NielsenIQ.

A Argentina foi o país com maior crescimento em vendas de marca própria no mundo, com alta de 241% impulsionada pela inflação. “Apesar da baixa participação, o Brasil apresentou evolução de 0,7% e contribuiu positivamente para o avanço global do setor”, ressalta Rosa.

A percepção dos brasileiros sobre marcas próprias

  • Quebra de estigma – Pesquisa com consumidores brasileiros revelou que 69% consideram que as marcas próprias são boas alternativas às marcas tradicionais;
  • Maior demanda – 66% dos consumidores afirmaram que comprariam mais produtos se houvesse maior variedade;
  • Proposta de valor – 72% dos brasileiros acreditam que as marcas próprias oferecem boa relação custo-benefício.

Além disso, 58% dos consumidores do país declararam que trocariam produtos farmacêuticos por uma alternativa biossimilar mais barata. “Isso evidencia tanto o amadurecimento da percepção do consumidor como o enorme potencial de expansão regional ainda a ser explorado no Brasil”, acrescenta o executivo da NielsenIQ.

(Fonte: Panorama Farmacêutico, 06 de setembro de 2025)

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