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Indústria farmacêutica nacional cresce 180% em 25 anos


No primeiro semestre de 2025, a indústria farmacêutica nacional consolidou expansão em volume e faturamento, atingindo 5,7 bilhões de unidades comercializadas, um avanço de 5% em relação ao mesmo período de 2024. Considerando o intervalo de 25 anos desde a implementação dos medicamentos genéricos, o crescimento chega a impressionantes 180%.

Os dados são da Associação dos Laboratórios Farmacêuticos Nacionais (Alanac) e foram compilados com base em indicadores do IQVIA e do Ministério da Saúde. Desde o início dos anos 2000, o setor praticamente dobrou seu volume e acompanhou o salto no número de registros de medicamentos na Anvisa, ultrapassando 17 mil produtos em 2025.

“Trata-se de uma marca relevante que sinaliza maturidade regulatória, diversificação do portfólio terapêutico e adaptação ágil às demandas do sistema de saúde brasileiro”, afirma Henrique Tada, presidente executivo da Alanac.

O desempenho da indústria nacional superou a evolução populacional. Enquanto as vendas em unidades aumentaram 180% entre 2000 e 2025, o número de habitantes cresceu cerca de 29%, passando de 170 milhões para 218,6 milhões em 2025. Atualmente, de cada dez medicamentos vendidos no país, oito são produzidos por laboratórios brasileiros, cenário bem diferente de duas décadas e meia atrás, quando o mercado era igualmente dividido com as multinacionais.

Indústria farmacêutica nacional lidera avanço em volume

A indústria farmacêutica nacional manteve trajetória ascendente no primeiro semestre, sobretudo graças à produção de medicamentos genéricos e similares. De acordo com o estudo, os laboratórios de bandeira brasileira ampliaram sua participação tanto em unidades comercializadas como em faturamento, na comparação com o mesmo período de 2024.

Em junho de 2025, o mercado total atingiu 5,7 bilhões de embalagens, um acréscimo de 300 milhões em relação às 5,4 bilhões de junho de 2024. As farmacêuticas de capital nacional responderam por 4,4 bilhões de unidades (77,9% do total).

No recorte por segmentos, os genéricos produzidos no Brasil cresceram de 1,9 bilhão de unidades em 2024 para 2 bilhões em 2025, alcançando 36,8% do volume total. Os similares também apresentaram expansão – de 2 bilhões (38,4%) para 2,1 bilhões de unidades (37,8%). Já os medicamentos de referência tiveram alta mais modesta, de 303 milhões para 305 milhões de unidades.

“O desempenho da indústria nacional demonstra a relevância dos genéricos e similares como pilares de acesso e sustentabilidade para o sistema de saúde. São os laboratórios locais que sustentam a maior parte das embalagens que chegam às farmácias e hospitais do país”, ressalta Tada.

(Fonte: Panorama Farmacêutico, 27 de agosto de 2025)

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