Pet food agora também na caixinha

O setor de alimentos para animais de estimação vem passando por algumas mudanças dinâmicas, impulsionadas tanto pelas demandas dos consumidores quanto por diversas pressões do setor. O mercado observa mudanças nos investimentos em produção, ondas de lançamento de novos produtos, mudanças na legislação e a aceleração do comércio eletrônico (e-commerce).

À medida que os donos de animais de estimação priorizam cada vez mais a saúde e o bem-estar de seus bichinhos, entender como a embalagem pode proteger a funcionalidade e o valor nutricional dos alimentos para animais de estimação se torna ainda mais importante. Ao mesmo tempo, a busca por opções de alimentos mais convenientes, mas que ainda ofereçam valor em termos de quantidade e qualidade, levou a uma tendência para embalagens menores.

Para muitos donos de animais de estimação, seus bichinhos são parte da família. Eles os chamam de “filhos” e, portanto, querem oferecer a eles as refeições da mais alta qualidade que puderem pagar. Isso levou a uma preferência por opções de alimentos naturais, ricos em proteínas e sem aditivos – algo que os donos costumam ver como uma prioridade, e não como um luxo.

Nessa tendência de apresentar novidades aos tutores de pets, a Brazilian Pet Foods, de Arapongas (PR), é a primeira indústria de alimentos para animais de estimação a adotar embalagens cartonadas no Brasil para seus produtos para cães e gatos, com as marcas Snow Dog, Snow Cat e Canister.

“A Brazilian Pet Foods tem como pilar a inovação, então com o alimento em caixa a gente sai na frente. A gente vê isso como uma oportunidade”, diz Marcos Calsavara, diretor Comercial e Marketing da empresa.

A embalagem escolhida é a Tetra Recart, produzida pela Tetra Pak. São oito versões diferentes de rações úmidas para cães e gatos, em dois tamanhos: 180 gramas e 290 gramas. A embalagem Tetra Recart tem a mesma estrutura que as tradicionais embalagens cartonadas assépticas da Tetra Pak (camadas de papel cartão, alumínio e polietileno).

A diferença está no processo de envase. Enquanto nas embalagens assépticas o produto é esterilizado antes do envase, na Tetra Recart o alimento é envasado e depois de selada, a embalagem vai para a autoclave, o produto é cozido (esterilizado dentro da embalagem). A caixinha também tem um picote que facilita a abertura, dispensando o uso de utensílios, como facas ou tesouras.

O lançamento da fabricante de alimentos para cães e gatos também marca a estreia da Tetra Pak no mercado brasileiro de produtos para pets, embora esse tipo de embalagem esteja presente no mercado de pet food na Europa e nos estados Unidos há cerca de sete anos. “O Brasil tem cerca de 75 bilhões de reais, mais ou menos, para esse mercado de pets, e cerca de 54% disso, mais ou menos 40,8 bilhões de reais, é focado na alimentação industrializada, segundo a Abinpet – Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação”, afirma Luís Kühl, diretor de Novos Negócios da Tetra Pak. “Mas a quantidade específica para ração úmida ainda é muito baixa, então vemos um grande potencial de crescimento. A maior parte desse mercado é de rações secas, e o mercado de alimentos úmidos tem um crescimento muito forte”, ele avalia.

Os testes de produto e compatibilidade das embalagens foram feitos no Centro de Inovação da Tetra Pak em Monte Mor, no interior de São Paulo. “Nós conectamos toda a jornada de inovação, como é o caso da Brazilian Pet Foods. Nós fizemos toda essa jornada de inovação dentro do nosso centro de inovações a clientes. Criamos a fórmula junto com eles para poder fazer um teste na planta piloto antes do lançamento”.

De acordo com Marcos Calsavara, da Brazil Pet Foods, as novas rações nas embalagens cartonadas devem chegar ao mercado em cerca de três meses. Ele acredita que a nova embalagem, em um ano, deva representar cerca de 12% do faturamento de rações úmidas da empresa. O lançamento foi feito nesta quarta-feira (13/8) na feira Pet South América.

(Fonte: EmbalagemMarca, 13 de agosto de 2025)