2016

ESTUDO MACROECONÔMICO DA EMBALAGEM ABRE / FGV
Apresentação fevereiro de 2017: desempenho da indústria de embalagem em 2016 e perspectivas para 2017

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VALOR BRUTO DA PRODUÇÃO

O estudo exclusivo macroeconômico da indústria brasileira de embalagem, realizado pelo IBRE (Instituto Brasileiro de Economia) / FGV (Fundação Getúlio Vargas) há vinte anos para a ABRE, demonstra que o valor bruto da produção física de embalagens atingiu o montante de R$ 64,3 bilhões, um aumento de aproximadamente 6,6% em relação aos R$ 60,4 bilhões de 2015.

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Os plásticos representam a maior participação no valor da produção, correspondente a 39,42% do total, seguido pelo setor de embalagens celulósicas com 33,72% (somados os setores de papelão ondulado com 19,04%, cartolina e papelcartão com 9,47% e papel com 5,21%), metálicas com 17,55%, vidro com 4,94%, têxteis para embalagens com 2,35% e madeira com 2,02%.

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PRODUÇÃO FÍSICA

A produção da indústria de embalagem apresentou uma retração de -4,20% em 2016.

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De acordo com o estudo, o resultado foi influenciado pelo desempenho econômico do país, que por sua vez foi impactado principalmente pela crise política e econômica que o país atravessa.

Por atender à indústria de bens de consumo não duráveis, a indústria de embalagens sofre menos oscilações que as demais, o que acaba gerando uma determinada estabilidade, porém depende muito do consumo para que haja um crescimento relevante. No terceiro trimestre de 2016, o mercado conseguiu conquistar uma pequena recuperação, porém o fim de ano foi tão decepcionante, que a melhora acabou não se sustentando, o que gerou uma nova queda.

Para o ano de 2017 é previsto uma estabilidade com incremento de 0,6% em sua produção física. É pouco provável que a recuperação econômica seja mais rápida e o crescimento maior que o previsto, já que além da queda do consumo, desemprego e inadimplência do consumidor, pairam incertezas políticas e econômicas dentro do país, somadas ainda a pressões derivadas da geopolítica internacional.

Na análise por setor, todos os tipos de embalagens apresentaram retração, sendo que as embalagens plásticas apresentaram a maior queda (-8,47%), seguidas por embalagens de madeira (-7,28%), papel/papelão/cartão (-2,52%), vidro (-2,16%) e metal (-0,37%).

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PRODUÇÃO FÍSICA

Apesar da maior parte das principais indústrias usuárias de embalagem – como bebidas, fumo, vestuário, farmacêuticos, etc. – apresentar uma retração em sua produção física, esta redução foi menor do que a apresentada em 2015. A exceção ficou com a indústria de cosméticos & produtos de limpeza e de alimentos que apresentaram aumento de 1,41% e 0,63%, respectivamente, em seu volume de produção.

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EMPREGO FORMAL

O nível de emprego na indústria atingiu 213.409 postos de trabalho em dezembro de 2016, contingente que é 2,31% inferior ao de dezembro de 2015.

A indústria de plástico é a que mais emprega, totalizando, em dezembro de 2015, 112.858 empregos formais, correspondendo a 52,88% do total de postos de trabalho do setor. Em seguida vem papelão ondulado com 31.984 funcionários (14,99%), papel com 21.594 (10,12%), metálicas com 17.188 (8,05%), madeira com 12.623 (5,91%), cartolina e papelcartão com 9.145 (4,29%) e vidro com 8.017 (3,76%).

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EXPORTAÇÕES

No ano de 2016 as exportações diretas do setor de embalagem tiveram um faturamento de US$ 491,6 milhões, valor que representa um pequeno acréscimo de 0,91% em relação ao ano de 2015. As embalagens plásticas correspondem a 39,05% do total exportado, seguidas pelas metálicas com 32,18% na segunda colocação. Já as embalagens de papel, cartão e papelão ficaram no terceiro lugar, correspondendo a 22,68% do total exportado, seguidas por embalagens de vidro (3,86%) e madeira (2,23%).

Em relação ao crescimento de exportações por segmento, o setor de embalagens de vidro lidera com acréscimo de 6,49% no ano, seguido por embalagens de papel/cartão/papelão (5,76%) e de plástico (2,23%). Já os setores de embalagens de madeira e vidro tiveram um decréscimo de -25,22% e -2,05%, respectivamente.

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IMPORTAÇÕES

As importações tiveram uma retração de -23,91% no ano de 2016 na comparação com o ano de 2015, movimentando um total US$ 491 milhões. O setor de plásticos corresponde a 59,73% do total importado, seguido por embalagens metálicas (16,95%), vidro (12,46%), papel/papelão (10,64%), e madeira (0,22%).

Em relação ao desempenho de importações por segmento, com exceção das embalagens de madeira que tiveram um pequeno aumento de 0,66% no total importado, todos os outros segmentos apresentaram retração, sendo que as embalagens de papel/papelão apresentaram o maior decréscimo correspondendo a -34,30%, seguidas por embalagens de plástico (-23,64%), vidro (-21,83%) e metálicas (-18,66%).

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