2023

ESTUDO ABRE MACROECONÔMICO DA EMBALAGEM E CADEIA DE CONSUMO
Apresentação março de 2024: fechamento dos dados de 2023.

VALOR BRUTO DA PRODUÇÃO FÍSICA

A Fundação Getúlio Vargas (FGV), divulgou os resultados mais recentes de seu estudo macroeconômico exclusivo da indústria brasileira de embalagem. De acordo com o estudo, o valor bruto da produção física de embalagens atingiu em 2023, o montante de R$ 144,4 bilhões, um crescimento na ordem de +17,21% em relação ao ano de 2022.

VALOR BRUTO DA PRODUÇÃO FÍSICA POR SEGMENTO DE MERCADO

Quando observado por segmento de mercado, os segmentos de embalagens plásticas e metálicas, que representavam juntas 54,4% do total em 2022, apresentaram redução em sua participação no ano de 2023 de 7,5% encerrando o ano com 50,6% (sendo 33,2% de participação das embalagens plásticas e 17,4% de participação do segmento de embalagens metálicas). Por outro lado, os segmentos de Papelão Ondulado, Vidro, Cartolina e Papelcartão, foram os segmentos que apresentaram crescimento na comparação de 2023 contra 2022.

PARTICIPAÇÃO DOS SETORES POR VALOR DA PRODUÇÃO

Na participação dos setores no valor bruto da produção, os setores de Papelão Ondulado, Cartolina e Papel-Cartão, Papel e Madeira, vem apresentando desempenho positivo ao longo da série iniciada em 2019 (último ano antes da pandemia). Por outro lado, os setores de embalagens Plásticas, Metálicas, Vidro e Têxtil, seguiram o caminho inverso e apresentaram desempenho negativo em igual período.

INFLUÊNCIA DAS ATIVIDADES NA PRODUÇÃO DE EMBALAGEM

Dentre as atividades que apresentaram influência na produção de embalagem, os setores de Alimentos (1,7 p.p.) e Agropecuária (1,3 p.p.), apresentaram comportamento positivo no ano de 2023. No sentido contrário, os setores têxtil, vestuário e calçados (-0,1 p.p.), defensivos, desinfetantes, tintas e químicos diversos (-0.5 p.p.) e metal mecânica (-2,2 p.p.), apresentaram retração.

EMPREGO FORMAL

O nível de emprego na indústria de embalagem atingiu o patamar de 254.645 mil postos de trabalho em 2023, o que representou um crescimento de 4,01% em relação ao mesmo período em 2022. A indústria de plástico, a que mais emprega, registrou em 2023, 140.055 empregos formais, correspondendo a 55,0% do total de postos de trabalho do setor. Em seguida vem papelão ondulado com 38.197 funcionários (15,0%), papel com 25.465 (10%), metálicas com 17.825 (7,0%), madeira com 15.279 (6,0%), cartolina e papelcartão com 10.186 (4,0%) e vidro com 7.639 (3,0%).

CAPACIDADE INSTALADA

Em 2023, o nível de Utilização da Capacidade da Indústria de Embalagens (NUCI), apresentou desempenho acima da média do período, no entanto, ficou ligeiramente abaixo ao pico observado em 2021.

EXPORTAÇÕES

Em 2023, as exportações do setor de embalagem faturaram o montante de US$ 549,8 milhões, uma queda na ordem de +25,5% em relação ao ano de 2022. Quando analisado o desempenho das exportações por tipo de embalagem, nota-se que apenas as embalagens de Vidro apresentaram desempenho positivo, encerrando o ano com crescimento de (+11,7%). Por outro lado, os demais tipos de embalagens, Papel/papelão (-2,2%), Plástico (-12,1%), Madeira (-43,6%) e Metálicas (-49,2%), apresentaram desempenho negativo respectivamente.

IMPORTAÇÕES

As importações do setor de embalagem em 2023, movimentaram o montante de US$ 609,3 milhões, representando queda de 6,0% em relação ao ano anterior. Na comparação setorial, apenas o setor de Papel/papelão (+18,8%), apresentou desempenho positivo no ano de 2023. Já os setores de embalagens Metálicas (-2,3%), Vidro (-6,9%), Madeira (-7,9%) e Plástico (-13,8%), apresentaram resultado negativo respectivamente.