2022

ESTUDO ABRE MACROECONÔMICO DA EMBALAGEM E CADEIA DE CONSUMO
Apresentação março de 2023: retrospecto de 2022

VALOR BRUTO DA PRODUÇÃO FÍSICA

A FGV, em seu estudo macroeconômico exclusivo da indústria brasileira de embalagem, demostrou que o valor bruto da produção física de embalagens atingiu em 2022 o montante de R$ 123,2 bilhões, um crescimento de 3,9% em relação ao ano de 2021.

VALOR BRUTO DA PRODUÇÃO FÍSICA POR SEGMENTO DE MERCADO

Por segmento de mercado, os segmentos de embalagens plásticas e metálicas, que representaram juntas 57,7% do total em 2021, passou a ter sua participação reduzida em 2022 em 3,3 p.p. e encerrou o ano com 54,4% (sendo 33,6% de participação das embalagens plásticas e 20,8% de participação do segmento de embalagens metálicas).

Já os segmentos de Papelão Ondulado, Cartolina e Papelcartão e Vidro, foram os segmentos que apresentaram resultado positivo na comparação de 2022 contra 2021. No geral esses três segmentos representaram um crescimento em suas participações em 2022 de 3,3 p.p. passando assim de 30,2% em 2021 para 33,5% em 2022.

SETORES USUÁRIOS DE EMBALAGENS

Dos segmentos usuários de embalagens, o setor de serviços apresentou crescimento de 24,4% no ano. Esse resultado foi influenciado pelo fim das restrições fitossanitárias impostas pelo governo ao combate a pandemia da COVID-19, que viabilizou a abertura do comércio.

No varejo, alimentação, bebidas e outros produtos químicos foram os destaques de crescimento no ano. Porém, todos os três setores, apresentaram redução na passagem do primeiro semestre para o segundo, sendo sentido de forma mais expressiva os setores de bebidas e outros produtos químicos que apresentaram desempenhos negativos. Os segmentos farmoquímicos, limpeza, cosméticos, perfumaria e higiene pessoal e indústria metalúrgica, por outro lado, apesar do desempenho negativo em 2022, apresentaram certa melhora na passagem do primeiro semestre do ano para o segundo.

SETORES USUÁRIOS DE EMBALAGENS

Em quantidades produzidas, a indústria de embalagens apresentou retração de 4,5% na passagem de 2021 para 2022.

As embalagens plásticas e metálicas, foram as que mais contribuíram para a retração do indicador no ano, caindo 4,3% e 15,8% respectivamente.

Por outro lado, as embalagens de vidro fecharam o ano de 2022 com resultado positivo em sua produção. O crescimento registrado foi de 8% na comparação com o ano de 2021.

EMPREGO FORMAL

O nível de emprego na indústria de embalagem atingiu 244.836 mil postos de trabalho em 2022, o que representou um crescimento de 2% em relação ao mesmo período em 2021. A indústria de plástico, a que mais emprega, registrou em 2022, 132.456 empregos formais, correspondendo a 54,1% do total de postos de trabalho do setor. Em seguida vem papelão ondulado com 35.991 funcionários (14,7%), papel com 23.994 (9,8%), metálicas com 18.608 (7,6%), madeira com 16.404 (6,7%), cartolina e papelcartão com 10.038 (4,1%) e vidro com 7.345 (3,0%).

EXPORTAÇÕES

Em 2022, as exportações diretas do setor de embalagem tiveram um faturamento de US$ 738,1 milhões, uma alta de 15,4% em relação ao ano de 2021. As embalagens metálicas correspondem a 41,1% do total exportado, seguidas pelas embalagens plásticas com 27,4%, embalagens de papel, cartão e papelão ficaram no terceiro lugar, correspondendo a 24,0% do total exportado, e por fim, as embalagens de madeira e vidro, representando 4,1% e 3,4% respectivamente. Quanto ao crescimento das exportações por segmento, todos apresentaram variação positiva na comparação com o ano de 2021. Os principais destaques ficaram com as embalagens de madeira, com acréscimo de 42,7%, seguido por embalagens metálicas com incremento de 21,5%.

IMPORTAÇÕES

As importações em 2022 movimentaram um total de US$ 648,4 milhões, representando um decréscimo de 8,0% em relação ao ano anterior. O setor de embalagens de vidro correspondeu por 39,0% do total importado, seguido por embalagens de plástico (31,2%), metal (21,8%), papel/papelão (7,9%) e madeira (0,2%). Em relação ao desempenho de importações por segmento, a redução no ano foi influenciada pela retração dos segmentos de metálicas (-6,2%) e plásticas (-6,3). Apesar do forte crescimento da entrada de embalagens de vidro (48,9%) e madeira (25,0%) esses dois materiais representaram 39,2% do total importado, enquanto plástico e metal representaram, juntas, 53%, o que levou ao resultado positivo no período.